Esporte como Lazer: (INTERDISCIPLINAR)
Esporte como
lazer tem como um ou mais indivíduos realizando a pratica de atividade física
com a finalidade não voltada para saúde completamente, mas sim uma forma de aliviar-se
do seu cotidiano rotineiro. Analisadas a partir do pensamento dos autores que
estudam os aspectos específicos do significado do esporte no mundo
contemporâneo, estas diferenças levam a pensar na grandeza da complexidade
deste fenômeno. A análise desenvolvida demonstrou a existência da pratica
esportiva atreladas prazer durante algumas horas livres do trabalho. A pratica
de esportes aparece como mais uma maneira de se expressar um determinado estilo
de vida, que está relacionado com as escolhas que um indivíduo ou um grupo pode
selecionar.
De acordo com Ruth Cardoso apesar de referir-se a trabalhadores brasileiros que possuem em suas vidas várias limitações impostas por vários motivos como uma delas a pobreza, o “tempo de lazer” é chamado tempo livre justamente porque “nessas horas [...] o trabalhador escolhe”.
Se por um lado a atividade física em geral e o esporte em particular são muitas vezes apresentados como atividades vinculadas a um fim em si mesmo, e nesse sentido relacionados fundamentalmente com gosto “(faço porque gosto)”, não são também poucas as vezes em que essas práticas são associadas a fins.
Defrance cita o fato de que a história das atividades físicas estaria fortemente ligada a medicina, e oferecem legitimação cientifica à prática de exercícios e esportes bem dosados, vistos como elementos que teriam efeitos positivos na saúde.
Segundo Crespo acontecia um movimento em defesa da educação do corpo de Portugal, que era desenvolvido por meio de uma política de higiene publica sistemática. Isso tem acontecido em ambiente escolar, em que a educação teve uma função destacada, com esforços para divulgação de regra de higiene corporal, utilizando a ginástica e a educação física.
Sendo um trabalho de caráter socioantropológico, interessa saber enquanto valor presente nos universos estudados em que a medida esta ideia faz parte do que sustenta as ações dos indivíduos em estudo, e como ela se articula com outros aspectos. É importante ainda saber como diferentes conceitos de saúde oferecem elementos para compreensão da realidade empírica estudada, mas nem sempre os informantes desenvolvem atitudes que sustentam as suas afirmativas de que pratica esporte visando benefícios para a saúde, atividades física realizada sem controle, com um alto rendimento sem um preparo para determinada atividade seguido de uma má alimentação antes e/ou depois do jogo comer e beber excessivamente.
Outro ponto de vista, Antônio, afirma não encontrar prazer atualmente na pratica do futebol seja o de praia, campo ou de salão praticado com os amigos durante a semana. Mas mesmo assim, na medida do possível, esforça-se por comparecer aos jogos, pois acredita que por questões de saúde, não deve parar de desenvolver atividades físicas.
Assim como a saúde, a categoria de convívio apareceu como uma das que oferecem sentido as praticas esportivas. O esporte acaba por criar um espaço real de vivencia coletiva, possibilitando a inserção dos seus participantes noutros universos sociais, para além das suas relações familiares e do seu bairro. As atividades, pautadas numa relação destituída de interesses e sustentada fundamentalmente na fruição prazerosa, a sociabilidade, construída através da interação entre estes indivíduos, expressa na palavra convívio.
Outro elemento bastante presente nos universos investigados, foi a relação estabelecida pelos informantes entre esporte escape. Utilizando a expressão aliviar o stress. As atividades físicas em geral, e o esporte em particular, cumprem o papel de diminuição das tensões sociais existentes na sociedade moderna, contribuindo assim para a manutenção do sistema capitalista.
Do ponto de vista político, as atividades físicas em geral são identificadas como fatores de alienação, constituindo os principais meios ideológicos de fuga da realidade, em dois sentidos: Como atividades prazerosas, absorventes e meios de relação, elas constituem formas de escape, sendo um “bom substituto para a atividade mental e critica”. Assim como a busca do equilíbrio entre o repouso, divertimento e desenvolvimento pessoal no lazer. O que é difícil imaginar, nos dias de hoje, é alguma sociedade em que não haja relação entre tempo de trabalho e tempo de não trabalho, na qual os seus integrantes não aproveitem este ultimo para se recuperarem da fadiga causada pelo primeiro. Mesmo que haja atualmente um grande investimento empresarial para que transforme o trabalho em algo agradável, no qual haja a realização pessoal o que significa aceitar que há a penetração de valores do lazer no mundo do trabalho. É nesse sentido que Dumazedier associa o lazer ao estilo de vida.O lazer não deve ser confundido com o tempo livre, pois ele é parte destes, ou seja, é um conjunto de atividades que o individuo realiza fora do contexto do trabalho e de outras obrigações, voltado para sua satisfação pessoal. Dumazedier considera inexato tentar definir o lazer opondo-o apenas ao trabalho profissional, já que outras atividades, desenvolvidas no dia-a-dia , também dependem tempo, sem serem necessariamente prazerosas: Obrigações familiares, compromisso sociopolíticos, atividades religiosas, atividades de formação voluntaria. Desta forma, o lazer é visto pelo autor como aquilo que os indivíduos desenvolvem, em oposição ao conjunto de necessidades de obrigações da vida cotidianas, é que é vinculado ao seu próprio interesse.
De acordo com Ruth Cardoso apesar de referir-se a trabalhadores brasileiros que possuem em suas vidas várias limitações impostas por vários motivos como uma delas a pobreza, o “tempo de lazer” é chamado tempo livre justamente porque “nessas horas [...] o trabalhador escolhe”.
Se por um lado a atividade física em geral e o esporte em particular são muitas vezes apresentados como atividades vinculadas a um fim em si mesmo, e nesse sentido relacionados fundamentalmente com gosto “(faço porque gosto)”, não são também poucas as vezes em que essas práticas são associadas a fins.
Defrance cita o fato de que a história das atividades físicas estaria fortemente ligada a medicina, e oferecem legitimação cientifica à prática de exercícios e esportes bem dosados, vistos como elementos que teriam efeitos positivos na saúde.
Segundo Crespo acontecia um movimento em defesa da educação do corpo de Portugal, que era desenvolvido por meio de uma política de higiene publica sistemática. Isso tem acontecido em ambiente escolar, em que a educação teve uma função destacada, com esforços para divulgação de regra de higiene corporal, utilizando a ginástica e a educação física.
Sendo um trabalho de caráter socioantropológico, interessa saber enquanto valor presente nos universos estudados em que a medida esta ideia faz parte do que sustenta as ações dos indivíduos em estudo, e como ela se articula com outros aspectos. É importante ainda saber como diferentes conceitos de saúde oferecem elementos para compreensão da realidade empírica estudada, mas nem sempre os informantes desenvolvem atitudes que sustentam as suas afirmativas de que pratica esporte visando benefícios para a saúde, atividades física realizada sem controle, com um alto rendimento sem um preparo para determinada atividade seguido de uma má alimentação antes e/ou depois do jogo comer e beber excessivamente.
Outro ponto de vista, Antônio, afirma não encontrar prazer atualmente na pratica do futebol seja o de praia, campo ou de salão praticado com os amigos durante a semana. Mas mesmo assim, na medida do possível, esforça-se por comparecer aos jogos, pois acredita que por questões de saúde, não deve parar de desenvolver atividades físicas.
Assim como a saúde, a categoria de convívio apareceu como uma das que oferecem sentido as praticas esportivas. O esporte acaba por criar um espaço real de vivencia coletiva, possibilitando a inserção dos seus participantes noutros universos sociais, para além das suas relações familiares e do seu bairro. As atividades, pautadas numa relação destituída de interesses e sustentada fundamentalmente na fruição prazerosa, a sociabilidade, construída através da interação entre estes indivíduos, expressa na palavra convívio.
Outro elemento bastante presente nos universos investigados, foi a relação estabelecida pelos informantes entre esporte escape. Utilizando a expressão aliviar o stress. As atividades físicas em geral, e o esporte em particular, cumprem o papel de diminuição das tensões sociais existentes na sociedade moderna, contribuindo assim para a manutenção do sistema capitalista.
Do ponto de vista político, as atividades físicas em geral são identificadas como fatores de alienação, constituindo os principais meios ideológicos de fuga da realidade, em dois sentidos: Como atividades prazerosas, absorventes e meios de relação, elas constituem formas de escape, sendo um “bom substituto para a atividade mental e critica”. Assim como a busca do equilíbrio entre o repouso, divertimento e desenvolvimento pessoal no lazer. O que é difícil imaginar, nos dias de hoje, é alguma sociedade em que não haja relação entre tempo de trabalho e tempo de não trabalho, na qual os seus integrantes não aproveitem este ultimo para se recuperarem da fadiga causada pelo primeiro. Mesmo que haja atualmente um grande investimento empresarial para que transforme o trabalho em algo agradável, no qual haja a realização pessoal o que significa aceitar que há a penetração de valores do lazer no mundo do trabalho. É nesse sentido que Dumazedier associa o lazer ao estilo de vida.O lazer não deve ser confundido com o tempo livre, pois ele é parte destes, ou seja, é um conjunto de atividades que o individuo realiza fora do contexto do trabalho e de outras obrigações, voltado para sua satisfação pessoal. Dumazedier considera inexato tentar definir o lazer opondo-o apenas ao trabalho profissional, já que outras atividades, desenvolvidas no dia-a-dia , também dependem tempo, sem serem necessariamente prazerosas: Obrigações familiares, compromisso sociopolíticos, atividades religiosas, atividades de formação voluntaria. Desta forma, o lazer é visto pelo autor como aquilo que os indivíduos desenvolvem, em oposição ao conjunto de necessidades de obrigações da vida cotidianas, é que é vinculado ao seu próprio interesse.
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