SOCORROS E URGÊNCIAS

SOCORROS DE URGÊNCIA


Como atuar numa emergência



OBJETIVO
         Noções de Primeiros Socorros
        Atitudes a tomar em situações de emergência
         facilitar o atendimento
         não agravar o estado da vítima

CONCEITOS
         Primeiros Socorros
        Atendimento imediato a alguém ferido ou doente com a finalidade de:
         Preservar a vida
         Prevenir danos maiores
        Após o primeiro atendimento a vítima deve ser encaminhada para avaliação médica
         Tratamento – indicado e executado por profissionais habilitados, em locais adequados

         Urgência
        Fato onde uma providência corretiva deve ser tomada tão logo seja possível
         Emergência
        Fato que não pode aguardar nenhum período de tempo para que seja tomada a devida providência corretiva, geralmente envolve risco de morte
         Vítima:  Nome que se dá à pessoa que sofreu o acidente
         Socorrista: Auxilia a vítima de modo a impedir o agravamento das suas lesões e, se possível, fazê-las melhorar.
         Curiosos: Pessoas que sofrem influência indireta do evento. Participam passivamente. Quase sempre tumultuando. Podem ser bastante úteis em tarefas simples.

FATORES EMOCIONAIS
         Reações mais comuns em situações de emergência
        Ansiedade
        Pânico
        Depressão
        Disfunção orgânica
        Hiperatividade

LEGISLAÇÃO
         Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública.
         Pela lei, um indivíduo pode ser enquadrado em lesão corporal ou homicídio culposo quando incorre em um ou mais dos seguintes elementos:
         Negligência: Não tomar as devidas precauções.
         Imprudência: Agir de forma arriscada.
         Imperícia: Falta de técnica ou devido conhecimento.

DIREITOS DA VÍTIMA
Recusa do atendimento
         Não discuta com a vítima.
         Não questione suas razões, principalmente se elas forem baseadas em crenças religiosas.
         Não toque na vítima, isto poderá ser considerado como violação dos seus direitos.
O consentimento pode ser
         formal, quando a vítima verbaliza ou sinaliza que concorda com o atendimento,
         implícito, quando a vítima esteja inconsciente, confusa ou gravemente ferida a ponto de não poder verbalizar ou sinalizar consentindo com o atendimento.
PLANO DE AÇÃO
         Chaves de sucesso no socorro
        não agrave a lesão
        tome atitudes de acordo com o seu conhecimento
        tenha um plano
de ação


  1. Cheque
        procure novos perigos eminentes
  1. Avise
        peça ajuda especializada
  1. Avalie
        escolha o que mais precisa de ajuda
  1. Cuide
        aplique seus conhecimentos de socorro
  1. Mantenha
        mantenha a vítima estável até chegar socorro
  1. Segurança no atendimento
        em qualquer acidente, lembre-se:
a sua segurança vem primeiro
  1. Antes de se aproximar certifique-se que não existem riscos:
        fios energizados;
        produtos químicos;
        tráfego de veículos;
        focos de incêndio;
        objetos a ponto de desabar;
        etc.

NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA
         Consciente
        responde com precisão a perguntas básicas
         Confusa
        não responde a algumas daquelas perguntas
         Inconsciente
        desacordada, não responde ao ser chamada ou
movimentada
        mantenha a calma e tenha
atitude positivista com a vítima

ABORDAGEM
         Pergunte à vítima em voz alta e clara: Você está bem ?
         Se ela responder
        avise que o socorro está a caminho
        pergunte o que aconteceu
        se sente alguma dor, onde
        tente colher dados para o atendimento:
         diabetes, pressão alta, etc.
         quando foi sua última refeição
         se antes do acidente ou mal súbito sentiu tontura
ou outro sintoma, etc.
         Se ela não responder
        insista em acordá-la batendo palmas próximo a ela
        se não reagir, deve estar inconsciente
         possibilidades: trauma de crânio, hemorragia interna, etc.
        inicie imediatamente checagem começando pelos sinais vitais


SINAIS VITAIS
         Respiração
        observe o movimento do tórax,
        aproxime-se da boca ou nariz
da vítima para ouví-la
         Batimentos cardíacos
        encoste o ouvido no tórax da vítima, procurando ouví-los
        verifique o pulso
         Medida do pulso
        dedo indicador e o dedo médio, na região do punho ou do pescoço
         pulsação da artéria
         não utilize seu polegar

FREQÜÊNCIA CARDÍACA
         Número de batimentos
        15 segundos x 4 =
número de batimentos por minuto

Freqüência
Classificação
< que 70
Lento (bradicardia)
70 a 90
Normal
91 a 98
Rápido (taquicardia)
98 a 150
Trata-sede uma urgência
Acidentados costumam estar nesta faixa inicialmente, devendo voltar ao normal após o “susto”
> que 150
Emergência
Pedir auxílio médico urgente

CONSTATAÇÃO
         Verificada a presença de
sinais vitais
        avaliação geral do estado da vítima
         Na ausência de algum sinal vital
        manobras de reanimação
cardiopulmonar (RCP)

AVALIAÇÃO GERAL DA VÍTIMA
Precauções
         Avaliação da cabeça aos pés, começando pela cabeça
         apalpe o corpo observando reações de dor
         vale lembrar:
         sangue - transmissor de doenças
         material isolante – evitar contato direto
(luva, saco plástico, jornal ou toalha dobrada, etc.)

         não atenda uma segunda vítima com o mesmo "isolante“ pois poderá contaminá-la
         se houver contato direto com os ferimentos da vítima lave as áreas afetadas com água e sabão por 10 minutos após o atendimento

MOVIMENTAÇÃO DA VÍTIMA
         NUNCA mova a vítima
        exceto em casos de risco de morte
         incêndios ou explosões
         quedas
         choques elétricos
         afogamento
         gases venenosos
         etc.
         Possibilidade de lesões de coluna
        pode causar paralisias ou morte imediata
        comuns em acidentes que envolvam velocidade com parada brusca
         trânsito, queda de alturas e esportivos: futebol, patins, etc.
        sintomas: dor na coluna, formigamentos irradiando-se para braços ou pernas
         quando já houve lesão do tronco nervoso,
podem não sentir o membro
         Quando a locomoção da
vítima é inevitável
         Formas mais comuns:
        puxar pela roupa imobilizando o pescoço
        puxar pelos ombros
        puxar com cobertor
        carregamento
(ideal 3 socorristas)



PEDINDO AJUDA
         Fique junto à vítima monitorando
        peça à alguém que telefone enquanto você presta socorro
         Se estiver sozinho
        preste os primeiros atendimentos
        deixe-a numa posição confortável que facilite a respiração
        vá pedir ajuda e volte o mais rápido possível

TIPOS DE LESÃO
         Luxação
         Entorse
         Distensão
         Fratura
         Contusão

Luxação
         Lesões em que a extremidade de um dos ossos que compõe uma articulação é deslocada de seu lugar.
         A lesão dos tecidos pode ser muito grave, afetando vasos sangüíneos, nervos e a cápsula articular. Ocorre com maior freqüência em dedos, tornozelo, quadril e ombro.

Entorses
         São lesões nos ligamentos. Podem ser de grau mínimo ou complexo com ruptura completa do ligamento. Ocorre com maior freqüência nos tornozelos, joelhos e punhos.

Distensões
         Lesões aos músculos ou seus tendões. Geralmente são causadas por hiperextensão ou por contrações violentas. Pode ocorrer ruptura do tendão.

Fratura
         É  a ruptura total ou parcial de um osso, com ou sem desvio dos fragmentos

Contusão
         É o amassamento nas partes moles

Tipos de fraturas
         Fratura exposta = ferida na pele sobre a lesão que pode ser produzida pelo osso ou por objeto penetrante;

         Fratura fechada = a pele sobre a fratura está intacta.
Sinais e Sintomas
         Dor intensa que aumenta com o movimento
         Inchação do ponto fraturado
         Deformidade de contorno
         Perda de função (Dificuldade de movimento)
         Posição anormal do membro fraturado
         Mobilidade insólita de um ponto, como se ali houvesse uma nova articulação
         Sensação de crepitação

ATENDIMENTO
         Não mover o paciente antes de conhecer a lesão
         Não lhe permitir levantar-se ou sentar-se
         Não lhe dar álcool ou estimulantes
         Não remover a vítima sem uma prévia imobilização
         Caso não possa fazer imobilização, cubra e aqueça a vítima
         Em caso de hemorragias, faça compressão sobre o sangramento com pano limpo
         Imobilize todas as fraturas, usando talas improvisadas
         Chame a ambulância ou remova imediatamente para o ambulatório de acidentados

IMOBILIZAÇÃO
1. Descubra a lesão cortando a roupa e inspecione o segmento afetado observando feridas abertas, deformidades, edemas e hematomas. Sempre compare uma extremidade com a outra;

2. Remova anéis e braceletes que podem comprometer a vascularização. Em extremidades edemaciadas (inchadas) é necessário cortá-los com instrumento apropriado. Em caso de lesões em membros inferiores deve-se retirar sapatos e meias;

3. Cubra lesões abertas com bandagens estéreis ou panos limpo antes de aplicar a tala;

4. Coloque as extremidades em posição anatômica e alinhada. Se houver resistência imobilize na posição encontrada. Aplique a tala imobilizando com as mãos o segmento lesado de modo a minimizar movimentos do membro;

5. Imobilize o membro cobrindo uma articulação acima e abaixo da lesão. A imobilização alivia a dor, produz hemostasia (controle da hemorragia) e diminui a lesão tecidual.

LESÃO NA COLUNA
         Manter a vitima agasalhada e imóvel
         Não mexer nem deixar ninguém tocar na vítima até a chegada de socorro
         Não virar a vítima
         Transportar o paciente em maca ou padiola
         Evitar abalos no transporte, para não agravar as lesões
         Imobilizar com cintos as lesões no pescoço
         Deite a vitima em decúbito dorsal (barriga para cima) colocando por baixo do pescoço e cintura, um travesseiro ou toalha dobrada, de forma que se eleve

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